sexta-feira, 29 de novembro de 2013

País em suspenso.

Carlos Rodrigues,director-adjunto CM
Portugal está em suspenso.
Como no filme em que um anel bate na vedação e, durante segundos angustiantes, ninguém sabe para que lado vai pender. A troika está quase a sair, mas pode vir aí nova intervenção.
Os juros descem, mas não o suficiente. O desemprego baixa, mas os desempregados continuam a viver o seu calvário. A coligação aguenta-se, mas pode voltar a tremer irracionalmente como no verão.
O PS segura-se ao centro, mas Soares e Sócrates estão cada vez mais radicais. Os protestos descomprimem a tensão social, mas parecem sempre à beira da explosão.
Para tudo falhar, basta um pequeno rastilho. É prudente estarmos atentos. Para Portugal, o match point está a chegar.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Ausência de visão estratégica!


Pedro Nunes Santos-jornal i
Ontem foi aprovado o Orçamento do Estado para o ano de 2014, mais um que prossegue a estratégia austeritária que tem sido imposta ao país nos últimos anos. Os resultados desta estratégia são conhecidos - empobrecimento generalizado, emigração e destruição de capacidade produtiva - e não serão invertidos com a sua repetição. Um país que perde população qualificada às dezenas de milhares por ano, que comprime o consumo privado e reduz a quase zero o investimento público em infra-estruturas essenciais ao seu desenvolvimento é um país sem futuro. Acresce a este cenário negro a ausência de uma estratégia para o desenvolvimento industrial do país. O país beneficiará de mais de 20 mil milhões de euros de fundos comunitários nos próximos sete anos e a única coisa que sabemos por parte do governo é que vai ser dada prioridade às pequenas e médias empresas, à sua internacionalização e aos sectores de bens transaccionáveis. Não sabemos, ao dia de hoje, qual a visão do governo para a nossa economia, quais os sectores a privilegiar e que tipo de investimento por parte das empresas será apoiado. O que o discurso do governo e do ministro da Economia nos indica é que ou não têm uma visão para o país e uma estratégia para a sua concretização ou consideram, por razões ideológicas, que não deve ser o Estado a decidir a que sectores e áreas de investimento se deve dar prioridade. É óbvio que devem ser as próprias empresas a decidir onde investir os seus próprios recursos, mas quando se trata de dinheiro público o Estado tem de assumir as suas responsabilidades e ter um papel activo na definição de uma política industrial para a economia nacional. O governo anterior tinha uma estratégia para o desenvolvimento industrial do país e, apesar de a sua concretização ter sido travada pelo actual governo, produziu resultados que continuarão a dar frutos nos próximos anos. A aposta do governo socialista na mobilidade eléctrica permitiu, entre outras coisas, que uma empresa nacional - a Efacec - entrasse num sector de fronteira tecnológica e se viesse a transformar numa empresa de nível mundial na área dos carregadores eléctricos e da mobilidade eléctrica.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Contas de mercearia.

Armando Esteves Pereira, Director-adjunto CM
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais diz que a subida do IVA de 13% para 23% na restauração permitiu um encaixe adicional de 180 milhões de euros.

Mas, tal como notam os empresários do setor, as contas das receitas fiscais não são só de somar. Entrou mais dinheiro do IVA, mas como os cafés e restaurantes foram obrigados a esmagar as margens para sobreviver, a redução de receitas levou a cortes que passaram por despedimentos que certamente atingiram milhares de empregados.
E se do lado do passivo contarmos os subsídios de desemprego e a queda nas receitas do IRS das pessoas que perderam o trabalho, o Estado até pode ter tido prejuízo.

Não se governa um país com contas de mercearia.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

As cheias de 1967 no distrito de Lisboa!

Recordar pelos mais velhos ou informar os mais novos:
Na noite de 25 para 26 de novembro de 1967, Lisboa e arredores – concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira – registaram forte precipitação com cheias repentinas, a morte de centenas de pessoas e destruição de muitos bens.

Lisboa...Grandes cheias de 1967 por hertzonline

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Escolha de criança!...

Mãe para a filha mais nova:
- Então o que gostavas que o Pai Natal te desse?
- Um contraceptivo.
- Um contraceptivo?
- Sim, é que eu tenho cinco bonecas e não quero ter mais nenhuma!

domingo, 24 de novembro de 2013

Don't cry for me, Venezuela

Ricardo Araújo Pereira- Visão
O presidente venezuelano resolveu antecipar o Natal, para proporcionar uma alegria ao povo; Passos Coelho decidiu prolongar a Quaresma, para proporcionar uma alegria à troika
O presidente da Venezuela antecipou o Natal para Novembro e a notícia foi recebida aqui com uma certa superioridade gozona. Portugal, que é um pequeno e pobre país africano, às vezes comporta-se como se pertencesse à Europa rica. Vai uma distância assim tão grande entre as loucuras do governo venezuelano e as do nosso? Vou buscar a fita métrica e já voltamos a falar.
O governo da Venezuela é dirigido por Nicolás Maduro; o governo de Portugal está, ao mesmo tempo, podre e verde. Dos três estádios de evolução da fruta, calharam-nos os dois que não interessam. Uns ministros estão a cair de podres, outros estão verdes para o cargo, e Rui Machete está ambas as coisas: a cada declaração pública, revela ser ao mesmo tempo inexperiente e ultrapassado. 1-0 para Portugal.
Maduro veste-se com as cores da bandeira da Venezuela, envergando garrido um fato de treino que o habilita simultaneamente a governar o país e a treinar o Paços de Ferreira; Paços Coelho veste-se com as cores da bandeira portuguesa, envergando um pin. É patriotismo bacoco na mesma, mas ligeiramente mais discreto. A Venezuela empata: 1-1.
Nicolás Maduro vê Hugo Chávez em todo o lado. Primeiro, ouviu a sua voz no canto de um passarinho, agora viu o seu rosto numas escavações do metro. Passos Coelho vê a retoma económica em todo o lado. A economia portuguesa está tão morta como Hugo Chávez, mas tanto o governo português como o venezuelano garantem que eles ainda vivem. Julgo que é um empate: 2-2.
Na Venezuela, Maduro pediu ao parlamento para governar por decreto, isto é, dirigir o país sem precisar do aval da assembleia. Trata-se, diz ele, de fazer face a um período de guerra económica. Nenhum dirigente internacional minimamente prestigiado o apoia. Em Portugal, Passos Coelho quer governar à margem da constituição. O presidente da comissão europeia, Durão Barroso, concorda com ele. Ou seja, felizmente, também nenhum dirigente internacional minimamente prestigiado o apoia. Novo empate, que coloca o resultado num renhido 3-3.

O presidente venezuelano resolveu antecipar o Natal, para proporcionar uma alegria ao povo; Passos Coelho decidiu prolongar a Quaresma, para proporcionar uma alegria à troika. Em vez de durar 40 dias, a nossa Quaresma promete durar 40 anos. Os venezuelanos têm dois meses de cânticos, festas familiares e trocas de presentes; nós temos quatro décadas de jejuns, penitências e sacrifícios. Portugal recoloca-se em vantagem: 4-3. Não sei bem de que é que estamos a rir…

sábado, 23 de novembro de 2013

O canalha!-(canção do dia)

É um animal vigarista,
Mentiroso e aldrabão,
Porco sujo capitalista,
Que nos quer roubar o pão.

Veio de manso, o lacaio,
Que nem cobra traiçoeira,
Com danças de verde-gaio,
Preparou a roubalheira.

Não demorou, o mafarrico,
A dizer ao que vinha,
Roubar ao pobre p´ra dar ao rico,
Rir do povo com gracinha.

Vampiro cruel, insaciável,
Sangue do seu sangue bebe, imundo,
Ladrão, hiena miserável,
Abutre dúm povo moribundo.

É um animal vigarista,
Mentiroso e aldrabão,
Porco sujo capitalista,
Roubou-nos o Natal e o Verão.

A fome não cala a revolta,
Quando a raiva der p´ro torto,
Se houver um coelho à solta,
Será sempre um animal morto.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

"Há pessoas que tiveram uma vida difícil"

Texto de Daniel Oliveira
Por mérito próprio ou não, ela melhorou. Mas ficaram para sempre endurecidas na sua incapacidade de sofrer pelos outros. São cruéis.
Há pessoas que tiveram uma vida mais fácil. Mas, na educação que receberam, não deixaram de conhecer a vida de quem os rodeia e nunca perderam a consciência de que seus privilégios são isso mesmo: privilégios. São bem formadas.
E há pessoas que tiveram a felicidade de viver sem problemas económicos e profissionais de maior e a infelicidade de nada aprender com as dificuldades dos outros. São rapazolas.
Não atribuo às infantis declarações de Passos Coelho sobre o desemprego nenhum sentido político ou ideológico. Apenas a prova de que é possível chegar aos 47 anos com a experiência social de um adolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha,a líder partidário com a inteligência de uma amiba, a primeiro-ministro com a sofisticação intelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante sem nunca chegar a perceber que não é para receberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participam em eleições. Serei insultuoso no que escrevo? Não chego aos calcanhares de quem fala com esta leviandade das dificuldades da vida de pessoas que nunca conheceram outra coisa que não fosse o "risco" Sobre a caracterização que Passos Coelho fez, na sua intervenção, dos portugueses, que não merecia, pela sua indigência, um segundo do tempo de ninguém se fosse feita na mesa de um café, escreverei depois. Hoje fico-me pelo espanto que diariamente ainda consigo sentir:

Como é que este rapaz chegou a primeiro-ministro?

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pepsi perde gás em Portugal.


Nuno Cardoso-CM
Não é preciso ser muito inteligente para perceber que a Pepsi (Sueca) fez asneira.
Uma espécie de penalty, auto-golo e expulsão na mesma jogada. Uma marca mundial deve pensar globalmente e os publicitários que criaram o post deixaram-se levar pela paixão e pelo gás da Pepsi. Os moralistas vão obviamente dizer que a marca não deve apelar à violência no desporto, há valores a respeitar, bla, bla, bla, mas as redes sociais estão a tornar-se no expoente máximo do politicamente correto. A criatividade é muitas vezes o alvo dos fundamentalistas e no entanto este post também pode ser visto como uma piada. Uma manifestação de humor (negro) dos loiros.

Agora que a agência de relações públicas da marca vai ter muito trabalho nos próximos meses, ai isso vai. E quem se está a rir é o Ronaldo. E a Coca-Cola Portugal.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

No metropolitano...

No Metro, um anão escorregou pelo banco e um outro passageiro, solidário, recolocou-o em posição.
Pouco depois, o anão volta a escorregar e o mesmo passageiro voltou a coloca-lo no assento.
Como a situação se repetiu várias vezes, o referido passageiro irritou-se e protestou:
“Bolas! Eu não me importo de o ajudar, mas será que você não consegue sentar-se em condições?”
O anão respondeu:

“Meu amigo, há mais de cinco estações que estou a tentar sair…mas o senhor não me deixa!”

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Afinal há dinheiro...

Fernanda Cachão-CM
Agora ficámos a saber que temos um secretário de Estado da Cultura com três adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e três motoristas.
Tomaram nota? Vou repetir; agora temos um secretário de Estado da Cultura com três adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e três motoristas. Tomaram mesmo nota?
É que estamos a falar de um secretário de Estado da Cultura, sem desprimor à nobre pasta que em tempos que não estes, em tempos de vacas gordas, já deu para renovar a casa de banho da Ajuda, trabalhos vários e mama generalizada.
Agora, à equipa desse secretário de Estado junta-se novo assessor - um consultor de comunicação do PSD de 24 anos, montado em três mil euros por mês e qualificações profissionais de três workshops em edição de vídeo e áudio digital, apresentação de diretos em televisão e genericamente programas televisivos.

Dizem que não há dinheiro e não há. O que há e, pelos vistos, haverá sempre é money for the boys.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Rouba-se...(artigo de leitura "obrigatória")


José Luís Peixoto-Revista Visão
Aquilo que mais me choca é, neste país, uma agência imobiliária tão conhecida, ter ladrões deste nível. Saber que em todas as atividades há maus profissionais não desculpa tudo
Decidi comprar um apartamento neste país. Tenho quase 40 anos, não devo nada a ninguém, achei que podia. Não me refiro a extravagâncias, falo de um T2 pequeno mas pago a pronto. Escrevo num tempo em que há milhares de casas à venda. Chega-se a uma rua portuguesa, olha-se para a fachada de um prédio de habitação e, quase sempre, em qualquer andar, há um ou mais letreiros, vende-se, há números de telefone a pedirem que se lhes ligue.
No meu quotidiano, lido com diversos imateriais, palavras e outros mistérios intangíveis. Nesse aspeto, é como se trabalhasse no contrário da construção civil. Talvez por isso, um apartamento é algo que me impressiona. Durante a minha adolescência, duvidei muitas vezes que algum dia chegasse a ser tão adulto ao ponto de comprar uma casa. Não me imaginava nesse papel, acreditava que a idade era um vício pequeno-burguês.
Debaixo dos restos dessa ilusão, comecei a visitar apartamentos que pareciam sempre mais tristes ao vivo do que nas descrições ao telefone, nas frases de abreviaturas do jornal ou nas fotografias da internet. O cheiro dessas casas era triste, frio, cinzento. Assim, criei a rotina de encontrar um homem sozinho à frente da porta de um prédio, cumprimentá-lo com a falta de investimento das relações entre desconhecidos, entrar com ele para uma casa vazia e trocar lugares-comuns com que ambos concordávamos sobre casas de banho, cozinhas, marquises, a área, a vista, a humidade.
Por fim, quando achei uma casa que merecia uma oferta, tive de ganhar coragem. Sabia que poderia ser aceite. Ainda assim, como me ensinaram, comecei abaixo do que estava disposto a dar, esperando uma normal contraproposta. Esse era um apartamento que me tinha sido mostrado por um agente imobiliário, de gravata. Como se esperasse que os dados parassem de rolar, a resposta chegou logo no dia seguinte. A proprietária tinha aceite, sem regatear um euro. Cansado de casas, cansado de pesar vantagens e desvantagens, entusiasmei-me. O indivíduo da agência imobiliária também parecia entusiasmado, tanto que estava cheio de pressa para fazer o contrato de promessa de compra e venda. Ficou marcado para daí a dois dias. Estou naquela idade em que a maioria dos agentes imobiliários são mais novos do que eu e, por isso, não estranhei.
Ele tinha insistido bastante para que pagasse a entrada com dois cheques. Segundo ele, dava muito jeito à senhora. Um dos cheques representava exatamente 10% do valor do negócio. Foi só no banco, enquanto esperava, que comecei a pensar nisso. Tinha o nome da proprietária escrito num papelinho e decidi fazer uma busca na internet com meu telemóvel. Os únicos resultados foram documentos do tribunal que diziam respeito ao filho, a darem conhecimento de que este tinha faltado à presença do juiz em processos relativos a falsificação de documentos, burla, tráfico de estupefacientes e posse ilegal de armas. Uma das suas últimas moradas conhecidas era aquele apartamento que me preparava para comprar.
Foi como se o próprio tempo abrandasse e mudasse de cor. Até aí, tinha imaginado o melhor. A partir daí, imaginei o pior. Liguei ao advogado que me ajudou com o livro da Coreia do Norte e em tantas outras ocasiões. Conclusão resumida do drama judicial: o apartamento era propriedade da senhora e do seu falecido marido, o que significava que o filho, mesmo que em paradeiro desconhecido, também era dono de uma parte. Sem ele, o contrato poderia ter sido feito, a casa poderia mesmo ter sido escriturada mas não a teria conseguido registar e acabaria sem o dinheiro e sem o apartamento. O filho estava tão desaparecido que se preparavam para nunca o mencionar.
Mesmo com o advogado em campo, o agente imobiliário não desistiu em nenhum momento de tentar que o negócio ou, pelo menos, o contrato fosse avante. Em qualquer um dos casos, receberia a sua comissão.

O dinheiro que amealhei durante anos não chegou a sair da minha conta. Muito obrigado, Google. Aquilo que mais me choca é, neste país, uma agência imobiliária tão conhecida, ter ladrões deste nível. Saber que em todas as atividades há maus profissionais não desculpa tudo. Neste preciso país e neste preciso momento, o apartamento continua lá, com um letreiro da agência imobiliária na janela, vende-se, à espera de outro.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Racismo?!...

Foi notícia. O militar da GNR que disparou sobre uma carrinha de ciganos que andavam no gamanço, foi condenado a prisão efectiva por ter atingido mortalmente "um menino" que nela se encontrava.

Vamos lá a ver se percebi bem:
1. Os militares depararam com o roubo de bens alheios...
2. Os ladrões puseram-se em fuga
3. Os agentes da autoridade ordenaram-lhes que parassem
4. Como não o fizeram, efectuaram disparos para o ar
5. A fuga continuou e dispararam em direcção da viatura no sentido da sua imobilização
6. Um dos disparos atingiu mortalmente um dos ocupantes
7. O militar vai ter que indemnizar a família da vítima

Se eu percebi as coisas como deve ser, a sentença deveria ter sido:
1. A restituição dos bens roubados
2. Indemnização ao Estado Português pelos prejuízos e custos com a manutenção da lei e da ordem mais o respectivo pagamento das custas de justiça

O Comando Geral da Guarda Nacional Republicana, por sua vez, emitiria um louvor aos soldados que, com risco da própria vida, souberam manter a lei e a ordem, fim último da sua profissão.

Devo andar a ficar senil e já não me revejo nesta democracia da treta...
 Vi as imagens da família da vítima a chegar ao tribunal numa moderna carrinha Mercedes... o Rendimento Social de Inserção deve ser maior que o meu subsídio de desemprego ou, então, é complementado com uns biscates nocturnos.

O seu advogado, que de vez em quando vai à TV mandar uns bitaites sobre a justiça, o Arrobas da Silva, foi recentemente condenado por falsificação de documentos e outras merdas,... um belo exemplo de advogado Sr. Marinho Pinto, não concorda? ...

O sr. juíz, ou juíza, não sei nem quero saber, se lhe assaltassem a casa, roubassem as sapatilhas e o telemóvel ao filho no caminho da escola, se tentassem violar a filha, ... estou certo que, na hora de ponderar a sentença, não condenaria um homem com uma farda que o investe de autoridade, trabalha e paga impostos e, sobretudo, agiu em defesa de todos nós fazendo aquilo que jurou fazer e que é suposto que aconteça sempre ...

Não, este não é um país de merda não !!!! ... é um país com gente de merda !!!!

Não foi dito por mim mas CONCORDO EM TUDO.

Como diz? Racista?! Ah, sim, pois claro!

Dr. Barra da Costa

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Novo regime de reforma"...


1 - Todos os locais de trabalho com mais de 100 trabalhadores vão passar a ser obrigados a ter agência funerária. Com mais de 500 trabalhadores vão também ter que ter um crematório (preferencialmente junto à zona de economato).
2 - Ao completar 85 anos o trabalhador pode começar a trabalhar só da parte da manhã, mas também passa a trabalhar nas manhãs de Sábado.
3 - Todas as repartições públicas vão estar equipadas com megafones para os utentes se fazerem ouvir.
4 - Não vai ser necessário pagar 13º mês nem subsídio de férias aos trabalhadores com Alzheimer.
5 - O governo já tem uma parceria com a Ausónia e todos os locais de trabalho vão estar equipados com dispensadores de fraldas para adultos.

6 - Nos serviços com atendimento ao público os utentes/clientes que mudarem as fraldas aos funcionários têm atendimento prioritário.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Rui Machete com pensão de 132 mil euros...


Ministro dos Negócios Estrangeiros declarou 265 mil euros de rendimentos de trabalho em 2012. Recebeu, em média, 11040 euros por mês. Acumulou cargos em 31 instituições.
Ao abrigo do Estatuto de Aposentação da Administração Pública, Rui Manchete poderá optar por receber pensão em vez do salário mensal de ministro dos Negócios Estrangeiros, no montante de 4210 euros. Se optar pela pensão, uma média de 11040 euros mensais, ficará a ganhar mais de duas vezes o ordenado dos ministros, de acordo com as contas do "Correio da Manhã".

Rui Machete acumulava 31 cargos nas mais variadas entidades até ser indicado como ministro dos Negócios Estrangeiros. Cessou funções na véspera de tomar posse, a 24 de julho. Era presidente das assembleias gerais do BPI, BCP, grupo de seguros Ageas, SAER - Sociedade de Avaliação de Empresas e risco, EDP renováveis e era presidente dos conselhos fiscais do BCP investimento, Taguspark e membro do conselho consultivo da Comissão Nacional de Luta contra a Sida e do conselho geral da Fundação Mário Soares.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Politicamente correcto!

Na Universidade de Griffith, Queensland, na Austrália, há um concurso anual sobre a definição mais apropriada para um termo contemporâneo.
 Este ano, o termo escolhido foi "politicamente correcto".
 O estudante vencedor escreveu:

 "Politicamente correcto: é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação e que sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar em pedaços de fezes pelo lado limpo."

domingo, 10 de novembro de 2013

"Marido inteligente".

Um casal estava no restaurante a beber um vinho caríssimo, quando chega um amigo e pergunta:
-O que é que estão a comemorar?
-Nada-diz o homem-Fui ao médico e ele disse que eu tenho poucos dias de vida. Tenho SIDA.
O amigo diz palavras de conforto e vai embora.
A mulher pergunta:
-Pedro, porque é que dizes a toda a gente que tens SIDA quando na verdade tens é cancro?!

-Bem, eu vou morrer de qualquer jeito, mas a minha mulher é que ninguém come!

sábado, 9 de novembro de 2013

O último banquete de Jardim!

Daniel Oliveira-J Exp.
Jardim mandou cobrar as dívidas de várias câmaras municipais à Empresa de Eletricidade da Madeira. Dívidas acumuladas por autarcas do seu partido, que o governo nunca achou importante que fossem regularizadas, porque, como se vê agora, são um importante instrumento de vingança política. Mas não mandou cobrar todas. Apenas a quatro câmaras que a oposição venceu há pouco mais de um mês se exigiu um pagamento imediato que corresponderia ao seu colapso financeiro. Ordenando a execução imediata dessa dívida em caso de não cumprimento. Quanto às da sua cor, pede-se "que se mantenha o esforço de regularização, não deixando derrapar".
Assim, para além de se vingar, Jardim pretende boicotar financeiramente algumas das câmaras que deixaram de ser do PSD. E vingar-se das populações que, na sua cabeça megalómana, o terão traído. Esta estratégia costumava funcionar. Foi assim que o PSD local conseguiu conquistar todas as câmaras: sufocando as populações que se atrevessem a eleger presidentes de câmara de outros partidos. Só que agora mais de metades das autarquias são da oposição. E, entre elas, o Funchal, onde vive a maioria da população da ilha. Jardim terá de se vingar da maioria dos madeirenses.

Claro que nada disto terá qualquer efeito. O tempo da impunidade está quase a chegar ao fim. Duvido que Alberto João Jardim volte a ganhar mais alguma eleição no arquipélago. Quatro décadas depois, a normalidade democrática poderá finalmente ser estabelecida em todo o território nacional. Mas, acima de tudo, sem a imunidade que o tem defendido, veremos como responderá a tudo o que se vai começar a saber sobre tantos anos de abusos. Porque homens que assentam o seu poder na ganância de quem os segue acabam sempre por ser comidos pelos mesmos que alimentaram. Ninguém lhes é leal quando o banquete chega ao fim.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Insólito:Segurança Social diz que homem está "grávido"

Albino Ribeiro nem queria acreditar no que estava a ler, quando abriu uma carta chegada à sua residência, oriunda da Segurança social, para repor a quantia de 41,10 euros.

Conforme cópia da carta enviada pela Segurança Social, com data de 1 de novembro, foi publicada, quarta-feira, no jornal regional "Reconquista". Segundo aquela fonte, Albino Ribeiro diz não se recordar de nada relacionado com esta suposta gravidez, mas, caso se venha a confirmar, quer uma "recompensa por ter sido o primeiro grávido do País", ironiza.
(Clicar  para ver em tamanho original)

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O jogo do desgoverno!...

Eduardo Dâmaso, director-adjunto - CM
A política, já se sabe, foi transformada na arte da ilusão. Deveria ser a arte da verdade e não o delírio habitual de álibis artificiais para esconder incapacidades próprias.
Nessa matéria, o Governo tem dado um verdadeiro festival. Atacou primeiro a Constituição, depois os juízes que a interpretam, a comunicação social e, por fim, tem vindo a dizer que só não governa melhor porque... o PS não colabora.

A insistência numa troca epistolar de apelos ao diálogo representa a mais acabada caricatura desta ideia de política que acha genial a ideia de empurrar culpas para o lado. O povo pode ser demasiado sereno e não ir em manifestações, mas engolir este despudorado jogo de desgoverno não o fará.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

À espera...

Vasco Pulido Valente-J. Público
O Governo Passos-Portas ficou muito espantado porque o PS se recusou terminantemente a discutir - ou a "negociar" - o famigerado Guião para a Reforma do Estado.
 Nem Passos nem Portas perceberam ainda que a "estratégia" das forças políticas portuguesas, do PC ao Presidente da República, incluindo a que eles próprios representam, é uma e uma só: esperar.
 Comecemos pelo dr. Cavaco. O dr. Cavaco espera literalmente que o tempo passe, para se ver livre dos sarilhos da Pátria e se retirar em sossego para as doçuras do Algarve. Agora, anda muito caladinho para não provocar nenhuma agitação e treme com a ideia de ser algum dia obrigado a intervir na barafunda vigente, que ele não controla e pode pôr em causa a dignidade da sua saída.
Neste momento não se interessa por mais nada e conta as semanas que o separam da libertação em meados de 2015.

domingo, 3 de novembro de 2013

Banco Espirito Santo (BES) - o novo BPP?

Nota: Leiam com atenção este blog. Mantive-o curto e espero de fácil entendimento. Para protecção de todos nós, divulguem o máximo possível. Os dados descritos  são 100% factuais e de fácil verificação (ler aqui e aqui).


O BES está a usar as mesmas tácticas do que o BPP
O BES está a comercializar de forma agressiva um produto Obrigacionista do próprio BES para se auto financiar fazendo com que os clientes do BES transformem Depósitos a Prazo que estão cobertos pelo Fundo de Garantia (até 100,000 euros) em Obrigações do BES sem qualquer protecção!
Factos:
1) O BES está a telefonar aos clientes com Depósitos a Prazo CR7
2) O BES está a sugerir em vez do CR7 uma Obrigação BES (ISIN: XS0782021140).
O ISIN é o identificador do Produto registado na CMVM. Corresponde ao ISBN dos livros.
3) Esta Obrigação BES, por ser uma Obrigação, não é um Depósito a Prazo. Os clientes não têm qualquer protecção se o BES for à falência ou se houver problemas graves.
4) Os comerciais do BES apenas falam dos juros da Obrigação BES, mas não referem:
4a) Que a Obrigação BES não tem qualquer protecção para os depositantes
4b) Que existe uma penalização na venda da Obrigação de 3%. O que quer dizer que se comprar a Obrigação e a vender um mês depois, perde imediatamente 3% do Capital. Estamos a falar de 3% do Capital, não dos juros.
4c) A Obrigação não tem qualquer liquidez, mesmo em mercado secundário, porque é uma colocação privada. Isto é, o BES controla totalmente o preço. Pode acordar um dia e ver que perdeu 50% do capital. Quem ganhou? O próprio BES!!! Esteve a trabalhar uma vida inteira e as suas poupanças estão agora a ser utilizadas para capitalizar o BES.
4d) Ou seja, a valorização do seu dinheiro agora depende do que o próprio BES acha que vale, pois tem uma capacidade imensa de manipulação do preço uma vez que tem uma baixíssima liquidez.
5) O BES é o único dos 4 grandes Bancos Portugueses que não teve (ainda) ajuda do Estado. Mas está a usar manobras agressivas e ilegais de financiamento. Desta forma pode-se dizer com segurança que o seu dinheiro estará melhor na CGD, Banif ou BIC.
6) Os comerciais do BES não estão a respeitar os deveres impostos pela CMVM e pelo Banco de Portugal de explicação do produto, perfilagem do risco do cliente e explicação dos riscos. Aproveitam-se das relações de confiança e emocionais com os clientes. Isto é especialmente verdade com a população sénior, mais vulnerável pelo seu conhecimento mais limitado de mercados.
7) O Dr. Ricardo Salgado na apresentação de resultados em finais de Julho de 2013 comunicou prejuízos de mais de 200 milhões de euros. Os rácios de solvabilidade desceram de 10,9% para 10,4%, pouco acima dos 10% exigidos. Disse que tem ao seu dispor "um número de alavancas para capitalizar o Banco". Sabemos agora quais são, transformar os Depósitos a Prazo em Obrigações do BES com uma maturidade a perder de vista (2018 ou 2019). (já que os comerciais não informam, maturidade é a altura em que as obrigações vencem, ou seja, quando lhe devolvem finalmente o capital... caso contrário se não esperar até 2018 fica sem 3% do capital como já vimos)
Lembram-se do BPP? Dos depósitos maravilha do BPP que supostamente davam 8%?
Afinal não eram depósitos! Afinal não estavam garantidos! Afinal os clientes ficaram sem nada.
Só pode ser considerado acções de negligência grosseira ou má-fé as políticas extremamente agressivas de comercialização destas obrigações.
(se precisarem de se lembrar de mais episódios lembrem-se das Obrigações Convertíveis BES onde os detentores das Obrigações perderam mais de 50% também... foi mais uma "alavanca de capitalização" agressiva).
Acções a Tomar:
1) NUNCA converter Depósitos a Prazo em outros produtos, nomeadamente Obrigações ou Acções do BES.
Em Depósitos a Prazo não corre risco. Em Obrigações ou Acções do BES se algo correr mal ao BES fica sem o dinheiro (lembra-se do Banco Privado Português)?
2) Se lhe apresentarem um impresso "Operações Sobre Instrumentos Financeiros" é porque a coisa já está a correr mal. É precisamente esse impresso que indica que quer fazer a subscrição das Obrigações e que conhece o risco de mercado. Não Assine.
3) Se o impresso tiver o ISIN: XS0782021140, é precisamente destas obrigações que estamos a falar. Mas podem existir outras!!! Cuidado.
4) Se tiver no seu Estrato "Compra Fora de Bolsa BES LDN6", já correu mal. Já tem Obrigações. Era mesmo isso que queria, ficar sem a protecção do seu dinheiro ao abrigo da Garantia de Depósitos? Senão era, reclame! Junto do BES, mas mais importante junto da CMVM e Banco de Portugal:

5) Agora que já verificou a sua situação ajude a comunidade. O BES está transformar milhares de depósitos de idosos e pessoas com menos conhecimentos em Obrigações BES para seu proveito próprio.

sábado, 2 de novembro de 2013

Milagres, viragens e alucinações religiosas.

Ana Sá Lopes-jornal i
Se os cortes são para “persistir”, é uma alucinação bolivariana falar de “viragem”
Qualquer português de bom senso gostaria que fosse verdade o mais recente pregão do governo: o de que o “milagre económico” está ao virar da esquina. Ontem, o debate do Orçamento do Estado foi mais uma vez marcado por anúncios de milagres, de retomas, de viragens económicas e de visões religiosas. Todas estas alucinações se parecem demasiado com aquelas que Nicolás Maduro tem quando vê Hugo Chávez nas paredes de Caracas. Maduro vê Chávez, Maria Luís Albuquerque vê “o momento da viragem”, mas a ciência ainda não identificou nem a vida depois da morte nem o crescimento depois da espiral recessiva.
Se “a austeridade é para continuar”, os cortes para “persistir” e a procura interna para comprimir, é uma alucinação bolivariana identificar “o verdadeiro momento de viragem” e muito menos “o milagre económico” anunciado aos portugueses pelo novo ministro da Economia, António Pires de Lima, na semana passada.
As alucinações são acompanhadas da tentativa de reatar o “compromisso com o PS”, através da utilização de processos de chantagem cada vez mais requintados. Os portugueses foram ontem informados pelo senhor primeiro--ministro de que a culpa de os seus impostos não serem mais baixos é do PS, porque se recusa a dar o ámen à reforma do Estado e à redução da despesa pública. “Quem se recusar a este compromisso estará a sacrificar a redução da dívida [...] e estará a sacrificar a necessária redução da carga fiscal e o crescimento da economia”, segundo Passos Coelho, numa declaração mirabolante vinda de um governante com maioria absoluta que não conseguiu reduzir dívida nenhuma, nem carga fiscal, e dificilmente vislumbrará o crescimento da economia. Culpar o PS por isto é acreditar que os portugueses são pouco inteligentes e que desculpam a Passos o facto de a famosa “retoma” vislumbrada há um ano e pouco pelo chefe do governo numa festa do partido nunca ter acontecido.

A manutenção de um posto de trabalho do governo em anos de troika parece, aparentemente, incompatível com mínimos de sanidade. Veja-se Álvaro Santos Pereira, sobejamente criticado dentro e fora de portas pela sua falta de jeito e de meios para recuperar a economia, que ontem veio dizer uma verdade inconveniente: a austeridade cega pode levar ao regresso das ditaduras à Europa. “Se não tivermos uma solução europeia, arriscamo-nos a ter novamente ditaduras na Europa”, disse Álvaro. Sair do governo faz bem à saúde.